Três palavras para compor sete frases. Assim o Coletivo e/ou voltou às ruas para nova intervenção, desta vez, no centro de Cuiabá e no município Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Estimulado pela Nega Lilu Editora, o grupo propõe o diálogo da literatura com a paisagem urbana, numa ocupação que visa colaborar para que a Cidade seja um lugar mais inspirador.
O segundo projeto do Coletivo e/ou foi elaborado a partir da busca por novas mídias e novas linguagens para acessar o cidadão comum que transita pelo ambiente urbano de forma rotineira. “Tudo o que queremos é surpreender as pessoas com um texto ou uma imagem que provoque algum desvio dessa rotina que nos embrutece”, diz a escritora Larissa Mundim, diretora da Nega Lilu Editora.
Segundo ela, por meio do Coletivo e/ou, a Nega Lilu Editora mantém diálogo permanente com a Cidade. Intervenções poéticas, não necessariamente literária, individuais e de grupo, propõem deslocamento sensorial, visando possibilitar ao sujeito a experimentação e observação, no cotidiano, de transformações sensíveis no espaço em que convivem.
No Mato Grosso, acompanhada dos professores Alan Fernandes e James Moura, ela retomou os trabalhos iniciados em 2014. A primeira ação do Coletivo e/ou foi motivada pelo projeto Ocupa Goiânia, realizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-GO), por ocasião da celebração dos 81 anos de Goiânia, sede do grupo. Textos curtíssimos foram grafitados (por stencil) no piso dos pontos de ônibus, criando uma trilha poética do centro para a periferia, localizável por meio de geotagging.