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Projeto Madalena Caramuru fortalece bibliotecas públicas em Goiás

Madalena Caramuru era a filha de índia tupinambá Paraguaçu com o náufrago português Diogo Álvares Correia (mais conhecido por Caramuru), que se alfabetizou no ano de 1534, em Salvador/BA. Naquele tempo, a leitura e a escrita eram privilégio dos homens e das mulheres da realeza apenas. É atribuída a ela a autoria de uma carta dirigida ao chefe da primeira missão jesuística, o padre Manoel da Nóbrega, em 1561, na qual denuncia e pede o fim de maus-tratos às crianças indígenas e requer o início da educação feminina.

A protagonista desta história tão importante, não somente se tornou a primeira mulher indígena a interpretar e usar o código linguístico no Brasil, como também a primeira a usá-lo para lutar pela ampliação do direito à Educação.

Mais de 450 anos depois desta façanha, Madalena Caramuru empresta seu nome para um projeto que visa fortalecer políticas públicas dedicadas ao livro, à Literatura, à leitura e à escrita, em Goiânia e na Região Metropolitana. Com o apoio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás, 17 municípios serão contemplados com um programa de qualificação de gestores de bibliotecas públicas.

O projeto Madalena Caramuru foi idealizado pela e-centrica.org e pela NegaLilu Editora e será executado em parceria com a Casa da Cultura Digital e a Universidade Federal de Goiás, por meio do LIBRIS – Laboratório do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca. “A importância de Madalena Caramuru para a construção da nação brasileira ainda não se encontra amplamente difundida. Um projeto desta dimensão sóciocultural batizado com seu nome cumpre, minimamente, função de reparação histórica”, reflete a coordenadora geral Larissa Mundim.

Os trabalhos de planejamento foram concluídos em dezembro e, esta semana, a equipe de coordenação passou a se reunir com os profissionais que vão compor a equipe técnica e com parceiros. A visita aos municípios começa nos próximos dias, com a apresentação do programa a prefeitos, secretários municipais e demais gestores.

A programação aberta ao público se inicia em março e segue até novembro de 2020, ocupando a Vila Cultural Cora Coralina e o Centro Cultural UFG. Segundo a coordenadora, a primeira etapa do projeto prevê a realização da feira e-cêntrica de publicações independentes, programada para 7 e 8 de março, em Goiânia.

Inscrições para expositores estão abertas até 7 de fevereiro e podem ser feitas AQUI. A feira e-cêntrica deverá reunir editoras independentes, selos literários, coletivos criativos, artista gráficos e autoras/autores autopublicados de todo o Brasil.

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